Governança Inovativa

Afinal, muito se tem comentado acerca da “Inteligência Emocional”, todavia o que é realmente isto, e como aplicar em tempos de crise?

 

Para entendermos um pouco mais sobre o assunto, e sua aplicabilidade no dia a dia empresarial e pessoal, vamos ler o famoso pensamento de Aristóteles:

 

“Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e da maneira certa – isso não é fácil.”

 

(Aristóteles, “Ética a Nicómaco”)

 

Uau, que desafio para todos nós! A real administração de nossas emoções e a tomada de atitude da maneira correta no tempo correto. Isso é algo que precisamos aprender e praticar.

 

Isso se reforça no período difícil que o mundo está presenciando. Necessitamos urgentemente de administrar nossas emoções. E o método mais eficaz para atingir esse objetivo é através do estudo da Inteligência Emocional.

 

Um conceito clássico de I.E é, de acordo com Goleman (1996, p.14), que “inteligência emocional é a capacidade de percepção de nossos próprios sentimentos, e a partir desta percepção saber lidar com eles, dominando-os quando negativos, desenvolvendo-os quando positivos, de modo a se conquistar o equilíbrio emocional”.

 

Repara-se no confronto, estamos entrando em uma guerra, uma batalha emocional, em que nosso maior inimigo, somos nós.

 

Após compreendermos um pouco mais sobre I.E, a perguntar que resta é: “Como ter Inteligência Emocional?”, e para isso, analisaremos 2 ferramentas principais, que por muitos, são delimitadas como: “Domínios da Inteligência Emocional”.

 

  1. Autoconsciência
  2. Autogestão

 

Autoconsciência:

 

Este domínio da inteligência emocional é a capacidade de conhecer suas ações e saber o impacto que elas geram no ambiente em que você está inserido. Conforme Daniel Goleman em seu livro “Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso”, “a Autoconsciência pode ser vista também naqueles executivos que são claros e francos sobre suas forças e seus limites”.[1] Ou seja, o foco é interno, a atenção é para dentro, ao contrário da empatia que requer um foco externo, uma atenção no outro.

 

As pessoas em seus respectivos trabalhos estão cercadas de distrações e “tentações” que levam a desviar o foco inicial de seu trabalho, seja através do Facebook, Instagram, WhatsApp e demais aplicativos e softwares. Isso leva à exaurir nossa concentração, visto que, a concentração é definida como selecionar um ponto de foco único e resistir à atração de todo o resto.

 

Se temos dificuldades em nos concentrar em situações externas, como obter o foco interno?

 

Para resolução desta pergunta, é extremamente válido o conhecimento do “Esforço Cognitivo” ou “Carga Cognitiva”, que, conforme Paas e van Merrienboer(1994), pode ser definida como um construto multidimensional representando a carga imposta ao sistema cognitivo das pessoas, fruto da realização de uma tarefa em fatores causas e fatores passíveis de avaliação.[2]

 

Desta maneira, o Esforço Cognitivo é o termo para exemplificar o trabalho mental exigido por nossa carga diária de informação. Um exemplo claro disso são as atividades do dia a dia de trabalho.

 

Diante disso necessita-se definir em qual atividade iremos depositar nosso foco. A autoconsciência será exigida na predefinição das atividades diárias. Definir em que atuação você depositará seu Esforço Cognitivo é a primeira chave para Inteligência Emocional em meio a crise.

 

Analise, e pergunte a si mesmo em meio à suas atividades profissionais: onde seu esforço cognitivo deve ser depositado? Você tem utilizado o esforço Cognitivo de maneira correta? Você consegue identificar, através do foco interno, olhando internamente, seus pontos de melhoria, e consegue atribuir-se planos de ação em sua empresa? Identificando suas atividades importantes e a realização destas com extrema concentração e consciência do impacto de sua consumação, é um grande indício que você está conseguindo aplicar a Autoconsciência.

 

Autogestão :

 

A autogestão é um pilar fundamental dentro da aplicabilidade da Inteligência Emocional em meio a crise. Quando o ambiente está desorganizado ou caótico, como tomar uma decisão rápida sem se deixar influenciar pelo ambiente? Elevando um pouco o nível, como tomar uma decisão eficaz e assertiva quando o ambiente já influenciou nosso interior, ou seja, nossa tomada de decisão?

 

Com essa simples introdução indagativa, podemos entender a definição de Daniel Goleman que regulamenta a Autogestão em: permanecer calmo e lúcido sob estresse elevado ou recuperar-se dele rapidamente [3]. Isso também é conhecido por muitos como “Domínio Próprio” ou “Autocontrole”.

 

Ao olhar internamente, pode-se perceber que a autogestão se inicia no senso de vulnerabilidade. Identificamos nossas principais dificuldades, identificamos ações e atitudes que nos privam de gerenciar nossas emoções da maneira que gostaríamos.

 

  • Como você se sente sabendo que a Reserva Financeira está esgotando?
  • Como você se sente ao saber que a crise se estenderá na linha temporal?
  • Como você se sente, ao ser surpreendido por uma carga laboral, além da estipulada?

 

O primeiro passo para a Autogestão é identificar em quais áreas da sua vida você ainda tem dificuldades para gerenciar suas emoções, e quais emoções são mais difíceis de gerenciar.

 

O melhor método para aprimoramento é no campo de batalha, visto que o ambiente de risco ou de desafio é a oportunidade de crescimento e amadurecimento da I.E. Com isso em mente, façamos o seguinte:

 

  1. Identifique as emoções de maior grau de dificuldade de controle.
  2. Identifique as áreas e ambientes em que são geradas as emoções.
  3. Entenda suas vulnerabilidades e aplique a melhoria contínua na prática.

 

Busque entender o porquê suas emoções não estão sendo gerenciadas da maneira que gostaria, qual a motivação ou gatilho mental que certas situações proporcionam… Devemos buscar melhorar a reação a cada situação no ambiente de risco, por exemplo: Um executivo ficava 30 min insatisfeito em todas as reuniões da empresa devido aos funcionários chegarem sempre atrasados, o próximo objetivo do executivo, em relação a autogestão (poderia aplicar outros métodos em relação a atitude dos funcionários) seria buscar ficar 29 min, até o momento em que aquela situação foi superada e este sentimento e emoção foi autogerido.

 

Com isso, podemos concluir que através dos pilares abordados neste artigo, a Inteligência Emocional é extremamente importante na vida pessoal e profissional, bem como em ambientes de riscos e desafios, para que possamos entender nossas vulnerabilidades e com isso aplicar planos de melhoria na prática profissional e pessoal.

 

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Autor: Renan K. Karas – Consultor Weagle
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Referências:

 

[1]GOLEMAN, Daniel. O foco triplo do líder. In: GOLEMAN, Daniel Goleman. Liderança a inteligência emocional na formação do líder de sucesso.

[2] Paas et al. 2003; Paas & van Merriënboer, 1994.

[3] GOLEMAN, Daniel. O foco triplo do líder. In: GOLEMAN, Daniel Goleman. LIDERANÇA A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA FORMAÇÃO DO LÍDER DE SUCESSO.

 

Mais sobre Renan Karas:

 

Renan Karas possui a Experiência Assessoria e Consultoria Empresarial, Gestão de Empresas, bem como experiência na Consultoria Jurídica. Essa experiência foi adquirida em anos de atuação auxiliando mais de 20 empresas a atingir seu ápice produtivo. Graduado em Direito na UNICURITIBA, atualiza constantemente seus conhecimentos através dos cursos e livros sobre gestão estratégica, comercial, processos, pessoas, sistemas, investimentos e cursos sobre Inteligência Emocional e Consultoria de Resultados. Feitos: Com isso desenvolveu habilidades de gerenciamento de pessoas, assessorando diretamente empresas em seus respectivos Setores de Recursos Humanos, aconselhando e direcionando para uma melhor tomada de decisão, participando também ativamente como assistente no curso WEAGLE de Investimentos.

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